terça-feira, 26 de junho de 2007

Pontos nos i i i

Placard's informativos
Incrível! Isto acontece em Macedo de Cavaleiros.
Alguém que não sabia como informar os transeuntes, de que ali se vendiam, entre outras coisas, sardinhas assadas, caldo verde... não podia ter melhor ideia: utilizou as árvores do passeio para divulgar a informação.
Há cada mente brilhante!... Que culpa têm as árvores da gula dos humanos? Uma sugestão: dispa-se de preconceitos e coloque a informação no corpo com os respectivos pregos e/ou atach's. Devia doer muito. Agora pense no que estão a sofrer as árvores!
Autoridades macedenses! Ainda ninguém se apercebeu de tão brilhante e nobre expositor numa rua tão movimentada?
Que jeitão dão as árvores em plena Feira de S. Pedro!...
- Psstt!... psstt!... retire a informação e do seu bolso custei a plantação, num baldio qualquer, (pode ser no Azibo, no espaço entre os bares, antigo e novo), de muitas árvores para dar sombra. Talvez a natureza lhe perdoe!

Património Religioso

Capela de Nossa Senhora da Saúde
- Pára, pára, pára aí! Pára, pára, pára aí Jorge!
Assim diria João Kléber. Sim, ele usa esta expressão quando as coisas aquecem...
Vem isto a propósito da recuperação da Capela de Nossa Senhora da Saúde, situada na Rua de S. Francisco e que as fotos registam. Esta Capela necessitava, com alguma urgência, de obras de recuperação, depois dos vândalos terem por ali passado e destruirem, disso não temos dúvidas. Dúvidas é do trabalho ali realizado!... Se estes destruiram por destruir, o mesmo não pode fazer quem a está a recuperar. Desconheço a responsabilidade das obras: se da Câmara, se da Junta de Freguesia, se da Comissão de Festas, se da Igreja. Se… se… se… Mas, também, pouco importa.
O que importa é o que estão a fazer… e reparem bem nas fotos!
Só de olhar dá pena! Será que não se consegue preservar o património existente? Será que para recuperar temos, sempre (raros excepções), de estragar? Não chega a barraca “pré-fabricada” encostada à Igreja de Santa Maria, a telha colocada na Domus Municipallis e agora este “telhado” na Capela de Nossa Senhora da Saúde. E tudo isto na Zona Histórica da Cidade. Aos particulares exige-se tudo! E aqui?! É o salve-se quem puder, como se trata de uma questão religiosa ninguém diz nada, pois mexe com a sensibilidade dos fiéis?
Pergunto, responda quem souber e quiser: Isto não é crime?
Recuperar e preservar? Sim! As fotos e a obra dizem-nos o contrário!... Párem, párem, párem, por favor!...
Isto envergonha! Por favor, retirem o zinco/chapa e coloquem telha a condizer com o edifício e a zona onde está inserido.
Parem de maltratar o NOSSO património!...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Parque Natural de Montesinho "... Reino maravilhoso!..."

Pedalando pelo Parque Natural de Montesinho, com a minha bike (BTT) uma Urze sussurrou-me ao ouvido: “Luís disfruta deste momento, porque os homens de gravata e sentados à secretária, em Lisboa e/ou Porto, preparam-se para criar um regulamento que vai impedir a utilização destes trilho de rara beleza paisagística”.
Fiquei confuso e desorientado. A circulação no Parque não ser do género "salve-se quem puder", sou de opinião que o Parque tenha normas e regras. Até aqui, tudo bem! Mas quem é que protege o Parque? São os seus utilizadores de boa fé; quer utilizando-o na forma de passeio higiénico, quer na realização de actividades desportivas e ainda os agricultores de quem toda a gente se esquece no momento de fazer leis. Mas segunto a Urze parece que não será bem assim, o Parque é que vai decidir por onde e quem pode disfrutá-lo. Não pode ser. Criarem zonas de protecção da flora e fauna, estou de acordo. Mas... quem protege o Parque? Se existir restrinção ao usufruto deste espaço, quem protege quem? A fauna e a flora, conseguem-se defender das agressões dos utilizadores? Não! Existem Guardas Florestais ou da Natureza? Nunca os vi! É verdade!... Então quem vai vigiar o Parque?
Ex.mos Senhores! Não podemos continuar a tomar decisões sem consultar as populações, associações e outras entidades que zelam pelo Parque. Criem leis, normas, regras, mas... por favor, esclareçam e ouçam quem impede maiores desgraças no Parque.
Não são as populações ou as associações (que ai realizam actividades desportivas) que destroem a fauna e a flora, mas sim aqueles que indiscriminadamente afundam os caminhos com rectroescavadoras (utilizando o argumento de melhorar os acessos às propriedades), deixam recipientes de plástico (todos furados), é cemitério de veículos(?), deitam entulho das obras que realizam nas habitações, etc., etc... Sim, quem faz isto são as populações, aqueles que habitam no Parque, não só, mas também; são aqueles que circulam no Parque em zonas de acesso incrível, com viaturas de alta cilindrada e marcas conceituadas. Não há muito tempo deparei-me com um visitante na Lama Grande. Perguntou-me como se chegava à aldeia de Montesinho. Sabe de onde vinha? Da nascente do Sabor. Outro que encontrei na aldeia de Montesinho, deambulando no seu Jeep, andava à procura do Parque. Informei-o "é isto tudo e mais a Serra da Coroa". - "Ah! Pensei que havia aqui uma cerca com animais". Porventura, pensava ele, que andávamos de pele de carneiro, barba e cabelo enorme caçando com lanças de pau com ponta de lousa lascada.
É isto que V. Ex.cias querem que continue a acontecer? Pergunto: onde estão os vigilantes da Natureza e/ou Guardas Florestais? Não há, nem existem, pelos vistos.
Deixem-se de leis repressivas, dialoguem/informem as populações residentes, criem equipas de Guardas do Ambiente e/ou Florestais para que possam vigiar, sensibilizar e auxiliar quem habita e visita o Parque, à semelhança dos nossos vizinhos espanhóis na protecção à Puebla da Sanabria (lago). E então sim, teremos um Parque a que possamos chamar “... Reino maravilhoso!...”.
E agora esclareçam: porque não foi permitido a colocação de élices para produção de energia eólica no PNM quando do lado de lá do caminho estão colocadas? Ah! Do outro lado é Espanha!...
Essa é que é essa!...

P.S.: Leiam "extensão ou comunicação" de Paulo Freire para poderem compreender as populações rurais.
As fotos documentam situações existentes no Parque. Não podem passar despercebidos a quem tem de viagiar. Procurem que encontram....

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Bendito "Coração"


Bendito "Coração"! Será que foi por Ele que se iniciou a reparação deste passeio, que circunda o Campus do IPB (Alameda de Santa Apolónia) ou foi pelo projecto "pelo Coração" e seus utilizadores que andam a tratar do "Coração"? Será que se deve, e ao mau estado em que se encontra ou por ali passeia gente importante?! É que o dito cujo está em mau estado há anos e só agora é que se reparou que está lastimável, devido ao crescimento das árvores ali plantadas. Daí se estranhar o repentino arranjo; porquê em cimento e não em cubos de granito(?) como acontece no seguimento pela Av. Sá Carneiro (é o mal de que padecem todos os passeios), quando na cidade e nomeadamente nos seus bairros não existem passeios e aqueles que estão com essa designação, estão em terra batida, cimento ou com um pouco dos dois. Bendito "Coração"...
Será que é necessário criar em todos os bairro ou avenidas da cidade algo denominado "pelo Coração I, II..." para que se arranjem todos os passeios e fazer os que faltam?
Era justo... fazer os que faltam para depois reparar os que vão ficando danificados, pela intervenção do homem ou da natureza.
- Desculpe?!... Não é nada disso! Não é uma crítica destrutiva, não Senhor. Antes um alertar para a dualidade de critérios existente. Eu também por lá passeio (disse passeio), mas também passeio pela av. General Humberto Delgado!...
Não é escrever por escrever, falar por falar. Trata-se de mobilidade e bem-estar para quem passeia ou trata do "Coração". Porquê reparar este e não construir aquele?!...
Quem pensa o contrário?!....
Vem mesmo a talhe de foice o tema "Estranha forma de vida" da autoria de Amália Rodrigues/Alfredo Duarte:

Estranha forma de vida
Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda a minha saudade
Foi por vontade de Deus

Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vivo de vida perdida
Quem lhe daria o condão
Que estranha forma de vida

Coração independente
Coração que não comando
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração Independente

Eu não te acompanho mais
Pára deixa de bater
Se não sabes onde vais
Porque teimas em correr
Eu não te acompanho mais

Eu não te acompanho mais
Pára deixa de bater
Se não sabes onde vais
Porque teimas em correr
Eu não te acompanho mais

Amália Rodrigues/Alfredo Duarte